Aug 15, 2022 | noticias

No âmbito do projeto Erasmus+ CONNECT, a Universidade do Porto levou, entre os dias 16 a 30 de julho, 20 estudantes a participar no eHealth Lab, um curso intensivo em empreendedorismo, inovação e saúde digital, na Roménia.

Ao longo das duas semanas, os 20 estudantes da Universidade do Porto, juntamente com cerca de 20 estudantes locais, receberam formações ministradas por especialistas abrangendo tópicos variados, desde metodologias para desenvolvimento de projetos e trabalho em equipa, preparação de pitch, marketing e análise de dados. Todas as formações contaram com uma grande componente prática que desafiava os estudantes a imediatamente pôr em prática os conhecimentos adquiridos.  

Além das formações os estudantes participaram ainda de um concurso de pitches de projetos que foram desenvolvidos por equipas mistas ao longo do programa.

O eHealth Lab foi gratuito e todos os custos de viagem, alojamento e alimentação foram suportados pelo projeto. A participação na atividade esteve aberta para toda a comunidade estudantil da Universidade do Porto sendo dada preferência aos estudantes inscritos no Unidade Curricular livre de Saúde Digital criada em parceria pela FFUP e ICBAS e coordenada pela equipa do Porto4Ageing.  

Participou na atividade em representação da Universidade do Porto um grupo de estudantes muito heterogéneo com diferentes nacionalidades, idades entre os 18 e os 45 anos, espalhados por Licenciatura, Mestrado e Doutoramento. As áreas da saúde mostraram maior adesão, havendo, porém, representação de 7 das 14 faculdades da UP.  

O Programa do eHealth Lab dividiu-se em três vertentes complementares, sessões de formação, trabalho em equipas e troca de experiências conhecendo algumas start-ups locais. 

As sessões de formação foram compostas na sua maioria de parte teórica seguida por uma componente prática geralmente num formato de educação não formal o que permitiu uma mais rápida assimilação dos conteúdos apresentados. Entre os formadores encontramos professores universitários, gestores de projetos europeus e empresarias, líderes empresarias de empresas de várias escalas a área da saúde, formadores profissionais entre outros.   

Em paralelo os estudantes foram divididos em equipas onde se procurou garantir diversidade de nacionalidades e áreas de estudo.  Às equipas foi colocado o desafio de, ao longo das duas semanas do programa, desenvolverem um projeto inovador na área de saúde digital, com total liberdade para escolherem o âmbito e estrutura do sou projeto. Aqui fica um pequeno resumo dos projetos apresentados:

Projeto Oculuz, Equipa PRHealth

Problema: O principal problema é a falta de um rastreio da diabetes na Roménia, uma doença com uma prevalência muito elevada, sendo que as pessoas se apresentam no médico sobretudo numa fase avançada. Solução: A nossa solução reforça a ligação médico-paciente familiar, uma vez que o próprio médico de família será capaz de realizar um teste de rastreio rápido para pacientes com diabetes ou em risco de a desenvolver. Nesse sentido, a nossa solução está a criar um dispositivo de detecção de retinopatia diabética através de um smartphone com uma lente especial e depois carregar o resultado para uma plataforma de tele-medicina, recebendo desta forma uma resposta muito rápida e o feedback de um oftalmologista. Desta forma, o médico de família sabe para onde dirigir o paciente a seguir.  No futuro, uma vez criada uma base de dados suficiente, poderemos designar um sistema de aprendizagem de máquinas para nos dar automaticamente indicações sobre se um paciente precisa ou não de ir a um oftalmologista.

Projeto Futuroplastia, Equipa Boomers ft. The Non-Alcoholic very serious lemurs

Visão: Software de Realidade Virtual que permite que os pacientes se vejam a si próprios como ficarão após cirurgia plástica. Objetivos: Permitir uma melhor gestão de expectativas; Ajudar os cirurgiões a compreender as necessidades e desejos dos pacientes; Ajudar os pacientes a escolher o ajuste certo para os seus objetivos

Projeto We Care, Equipa Digital Cupcakes

Visão: conceber uma plataforma digital que permita às mulheres de todo o mundo partilhar as suas experiências de saúde feminina e apoiá-las na melhoria da sua qualidade de vida

Projeto Health Fluency, Equipa 4 Sanatate

O principal objetivo é resolver as dúvidas dos jovens e adultos jovens através da melhoria do acompanhamento dos cuidados de saúde. Pretendemos ajudá-los e esclarecê-los sobre vários aspetos tais como medicação (como tomá-la, geri-la ou interações com outros medicamentos), parâmetros corporais, interações e restrições alimentares ou registar parâmetros fisiológicos e biológicos.

Projeto Bonita Soare, Equipa Pearls

O foco principal são os problemas de pele, começando pelo cancro da pele. A nossa ideia é uma aplicação móvel interativa na qual cada vez que os utilizadores utilizam protetor solar e verificam a utilização na aplicação geram uma árvore virtual até fazer nascer uma floresta, a partir de certo número de árvores será plantada uma árvore real.

Projeto Refunction, Equipa Fake it until you make IT

Objetivo: Desenvolver uma aplicação móvel que contenha exercícios aprovados por fisioterapeutas para ajudar a diminuir a lacuna de espera por serviços de reabilitação para recuperação dos pacientes, os exercícios que estão a ser sugeridos dependem da condição médica dos pacientes. O número de exercícios que estão a ser apresentados variará em função da subscrição escolhida pelo utilizador. A aplicação também fornecerá um sistema de feedback, de forma que os utilizadores possam pedir feedback real a um especialista diretamente através nossa aplicação.

O projeto CONNECT – Cooperation and training on innovation and entrepreneurship in the eHealth community, foca-se em promover a formação de estudantes em Inovação e Saúde Digital, sob a forma de um programas educacionais formais e informais promovendo o desenvolvimento de aptidões e competências intersectoriais muito necessários para os cuidados de saúde do futuro. A implementação do projeto CONNECT em Portugal está a cargo do Centro de Competências em Envelhecimento Ativo e Saudável da Universidade do Porto(Porto4Ageing). São também parceiros, o Departamento de Saúde Publica da Universidade Babeș-Bolyai, uma ONG sediada em Cluj-Napoca a Fresh Blood e a associação austríaca, Iniciativa Europeia para a Educação. O projeto foi aprovado para três anos e durará até Março de 2023. Mais informações sobre este projeto podem ser encontradas através deste link:  https://connect.publichealth.ro/ 

João Carvalho - participante

“São este tipo de atividades que nos enriquecem, não só socialmente, como nos fazem trabalhar e aprimorar as nossas softskills. Depois de duas semanas, sinto que a minha capacidade de comunicar e compreender inglês evolui bastante, que o pensamento crítico e a criatividade dispararam para níveis diferentes e que despertei competências que não sabia que as tinha. E, a meu ver, estes devem ser os objetivos de atividades como esta. Fazer com que os seus participantes atinjam patamares superiores daqueles em que se encontram e adquiram novas valências. Sinto que foi uma experiência de sucesso.” 

Carolina Pinhal - participante

“Acredito que ter participado no “CONNECT eHealth LabIntensive Study Programme” venha a ser uma mais-valia para a minha formação. Atividades como estas obrigam-nos a pensar, pesquisar, trabalhar em contextos diferentes e em equipa para um objetivo comum. Neste sentido, as dinâmicas sociais que foram usadas ao longo das duas semanas foram indispensáveis. Estas foram importantes para integrar epromover o conhecimento entre as pessoas, algo vital para o bom funcionamento de um grupo de trabalho. Permitiram ainda desinibir, divertir, refletir e aprender de forma descontraída, mas eficaz permitindo fluir a nossa espontaneidade e criatividade, que vieram a ser muito uteis para a realização do trabalho final. “ 

Lucas Silva - participante

Com esta experiência pude interagir com colegas da área da saúde. Muito mais do que isso, pude entender suas dores, anseios e esperanças, em melhorar o sistema de saúde em ordem global. É uma grande dádiva poder estar cercado de pessoas com grandes ideias, que buscam a mudança que todos queremos ver no mundo. Foi uma ótima oportunidade para aprender como cultivar uma ideia de sucesso, validá-la e implantá-la na sociedade, para que possa render bons frutos no futuros. Com isso em mente, espero poder contribuir mais em projetos como este e expandir ainda mais meus horizontes. 

José Baptista - participante

É comum, mesmo que não nos apercebamos, vivermos numa bolha, passando a maioria do nosso tempo junto de gente com a qual partilhamos muitas semelhanças. Contudo, nestas duas semanas de formação e convívio intensivos, foi-nos possível integrar um grupo extremamente variado e em que cada participante tinha um percurso de vida distinto dos outros. Aprender assim é muito mais produtivo e dá-nos uma experiência de vida essencial para o nosso futuro, que nos permite enfrentar os desafios com uma nova e mais ampla perspetiva.” 

Laura Pacheco - participante

Toda a atividade foi conduzida em inglês o que contribuiu para a melhoria da proficiência desta língua, além disso, foi também possível conhecer muitos outros estudantes e perceber um pouco da sua cultura, da sua forma de pensar e abordar problemas, criando assim ligações importantes e evoluindo, compreendendo e aplicando diferentes, novas e mais eficazes formas de pensar. No geral, a atividade disponibilizou recursos-chave para que uma possível start-up seja bem sucedida, sendo estes, portanto, de grande importância. 

João Antunes - participante

“A experiência na Roménia foi única em todos os sentidos: primeiro pela oportunidade formativa que constituiu, onde através de várias metodologias educativas (muitas de vertente não-formal, o que é sempre revigorante no meio académico) permitiu estimular o nosso pensamento empreendedor, o treino das nossas capacidades de construção empresarial na área da saúde, e ainda das nossas capacidades de comunicação em público, que é sempre de valorizar; depois pela oportunidade intercultural, permitindo o contacto de culturas em tudo dispares, mas que no fundo sofrem de muitos dos mesmo problemas na área da saúde. Como as pessoas são cada vez mais o foco em tudo o que é relacionado com saúde, parece-me que este projeto foi em tudo inovador.” 

Bruna Almeida - participante

“De todas as experiências que a vida académica proporcionou-me até este momento, de facto o “The eHealth Lab” foi a mais enriquecedora, tanto a nível cultural quanto no que diz respeito a todo conhecimento adquirido nos diversos workshops ao longo das duas semanas de curso. Finalizo, com pessoas incríveis e interessantes ao meu lado, este ciclo de ensinamentos, mas ensinamentos estes que se vão manter ao meu lado o resto da minha vida académica e pessoal e que, de certeza, criaram em mim a vontade de continuar a aprender mais sobre o mundo que é a Saúde Digital. Oportunidades como esta fomentam a criatividade, estimulam a aprendizagem e formam pessoas melhores e mais bem preparadas para lidar com o mundo que as rodeia.” 

Carolina Castro - participante

O programa eHealth foi uma experiência muito útil para melhorar as relações inter-pessoais e sociais. A obrigação de comunicar em inglês fez-nos ir além da nossa zona de conforto e perceber que só conseguimos criar um projeto inovador e irreverente, capaz de ir ao encontro das necessidade da saúde não só a nível nacional como também internacional, quando comunicamos de forma universal. Acredito que esse foi o segredo para finalização e sucesso dos projetos. Não basta ter boas ideias e ter conhecimento dos problemas. É preciso alimentar o interesse pelo tema, conhecer o próximo, criar dinâmicas de equipa que permitam construir planos sólidos e conscientes de maneira a fazer melhor e diferente. Somos o futuro e o futuro na saúde depende de nós, mas para dor mais além precisamos de cantar numa só voz.  

Carlos Brochado - participante

“Durante o dia 16 a 30 de agosto imergi numa experiência única e enriquecedora, na qual a partilha de cultura, o conhecimento e o desenvolvimento de relações sociais foram os seus pilares. Durante o programa de estudo intensivo de saúde digital na Roménia tivemos a oportunidade de conhecer um novo país, estar em contacto com novas pessoas ao mesmo tempo que apreendermos conhecimento técnico e especializado sobre empreendedorismo, inovação e saúde digital.  O conhecimento obtido foi demonstrado através do desenvolvimento de ideias inovadoras na área da saúde em equipas multiculturais e multidisciplinares o que permitiu olhar para um problema de uma forma holística e desenhar uma solução cirúrgica para os mesmos.  

Esta experiência reforçou mais uma vez a importância da complementaridade de ideias, da necessidade do trabalho em grupo como ferramentas potencializadoras do sucesso, sendo por isto uma mais-valia para o nosso futuro. Este curso pode se resumir a um cabaz de formação educativa, competição, mas acima de tudo a novas amizades.” 

Maria Abrantes - participante

A minha participação no eHealth, foi uma experiência muito boa, que nunca vou esquecer! Tive oportunidade de expandir os meus conhecimentos sobre eHealth e, simultaneamente, pude descobrir lugares lindos e pessoas incríveis. Além disso, nas últimas duas semanas tive a oportunidade de mergulhar numa nova cultura, estilo de vida, comidas e costumes. O que eu acho muito importante, porque só quando saímos da nossa zona de conforto entendemos o quão complexo é o ambiente que nos cerca, quais as necessidades do mundo atual e em que tipo de formação/área devemos apostar.  Acho que este projeto também foi uma ótima chance de desenvolver as minhas habilidades de inglês e comunicação. Considero, que foi, sem dúvida, um ótimo investimento no que diz respeito à minha formação. Adorei esta experiência e recomendo-a absolutamente!  

Jennifer Bueno-Rocha - participante

“Recebemos formações principalmente desde a perspectiva da inovação e empreendedorismo no campo da saúde digital. Este tipo de formações permitem, desde o olhar do investigador, compreender o processo de criação e desenvolvimento das novas tecnologias (dispositivos, plataformas, ferramentas, etc.) que cada dia ingressam ao mercado da saúde. Assim, os investigadores e profissionais da saúde podemos compreender as motivações, intenções e limitações dos empreendedores e participar dos processos desde uma posição informada e crítica. Para mim como profissional da saúde, investigadora da área da saúde digital e estudante de doutoramento foi muito interessante aprofundar nesta perspectiva. Quero destacar especialmente o workshop da Corina Kertez, foi uma porta muito importante à compreensão de como funcionam realmente as equipas de desenvolvimento de software e como os diferentes stakeholders se inserem nele. 

A diversidade de áreas e níveis de formação, criaram um entorno muito fértil para o intercâmbio profissional e académico. Também foi uma oportunidade para conhecer a cultura romena e a perspectiva da escola de saúde pública. A nível pessoal as dinâmicas sociais permitiram criar novos vínculos pessoais que poderão transferir-se ao âmbito profissional no futuro.  

No meu caso acho que mergulhar na comunidade académica da saúde digital fora das ciências da saúde, permite-me ter uma visão mais amplia do ecossistema de inovação e desenvolvimento, das suas dinâmicas e forças internas. Assim, no meu trabalho como investigadora do campo noutras geografias (continente americano) posso contrastar e criar relaciones de partilha e intercambio.” 

Juliana Moreira - participante

A frequência no curso intensivo em saúde digital permitiu desenvolver conhecimentos em tecnologias aplicadas à saúde e como diferentes empresas têm sido pioneiras em desenvolver soluções inovadoras para diversos problemas em saúde. Este curso permitiu também aplicar e melhorar as competências de trabalho em grupo, criação e gestão de projeto. Ao longo das duas semanas foi fomentado o espírito crítico e acima de tudo explorado o lado inovador e empreendedor de cada um. 

Teresa Pacheco - participante

“Para além de ser uma experiência fora do país onde convivemos com outras culturas, outros pensamentos que ajudam imenso ao crescimento pessoal. Foi também uma oportunidade de desenvolver skills como empreendorismo, alargar conhecimentos em áreas diferentes da minha área de ensino o que permitiu o fortalecimento da interdisciplinaridade, uma vertente que será muito útil no futuro para o trabalho em sociedade.”  

Mariana Machado Araújo - participante

“A experiência na Roménia permiti-me adquirir e aprofundar conhecimentos quer na área concreta de saúde digital, como também no que respeita à aquisição de outras competências, como a atividade de networking e de auto-capacitação.  

Os vários workshops com as diferentes temáticas e as atividades práticas que com eles se relacionavam ofereciam-nos as ferramentas essenciais para o desenvolvimento de boas práticas em  saúde digital, desde a construção de um pitch, passando pela visão económica e pelo investimento feito na área, comunicação e marketing, design thinking e tudo isto culmina na construção do projeto que requeria todos estes conhecimentos e que, a meu ver, foi crucial no processo de aquisição de conhecimentos, por nos permitir alicerçar a informação recolhida ao longo das duas semanas.  

No que respeita à dinâmica social entre os vários membros do projeto, posso ressalvar um balanço muito positivo. Este parecer deve-se não só à cooperação que senti, e aqui destaco o meu grupo de trabalho, entre os diferentes membros do grupo em prole de um projeto coeso, completo e capaz de atrair a atenção necessária; como também a todo o convívio fora da sala de trabalho, onde se criaram laços que, com certeza, vão perdurar. Relativamente à dinâmica criada com os oradores, notou-se, igualmente, uma atividade de cooperação, auxílio e atenção que foi, também ela, importante para todo o decorrer do curso.  

Este tipo de atividade assume um grande valor no processo de capacitação dos estudantes, fomentando o desenvolvimento de novas competências e o aprofundar de algumas já existentes. Mas sobretudo, permite-nos a nós, jovens, uma maior abertura para o mundo que nos trará, consequentemente, uma visão muito mais ampla, consciente, realista e de aceitação da sociedade.  

Em jeito de conclusão, aproveito para agradecer a oportunidade e sublinhar que são efetivamente necessárias atividades como está para o futuro dos jovens.” 

Ion Petrovai - formador

Being part of the eHealth Summer School was very motivating and very engaging for me. We put in front of the participants the key points in a number of domains and relevant examples and the information was appreciated and used, as we saw in the final presentations. Even if just a few will become entrepreneurs and innovators each of those using what they received will be a better professional that will contribute significantly in their field 

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